O triângulo “circunstancial” Carlos Alexandre, Orlando Figueiras e os Vistos Gold


O homem que sempre afirmou não ter amigos e que no fundo, segundo ele próprio é apenas “um saloio de Mação”, afinal tem amigos. E dos bons. Daqueles que emprestam dinheiro e que apoiam quando realmente necessitamos. O grande problema, é que o amigo de Carlos Alexandre, Orlando Figueira acabaria por ser condenado por corrupção e com uma pena de prisão efectiva. Ainda mais ridículo, o facto de Carlos Alexandre na altura, ser o Juiz responsável pelo processo dos Vistos Gold e Orlando Figueira, pouco tempo depois, é contratado como advogado do angolano Eliseu Bumba no mesmo processo. Ainda que circunstancial, o mesmo juiz já decretou prisão preventiva a muitos arguidos por muito menos. Entre mortos e feridos, Carlos Alexandre nunca pediu escusa neste processo.

Mais grave ainda, as histórias de Orlando Figueira e Carlos Alexandre não coincidem. O juiz inquirido sobre o empréstimo afirmou que o empréstimo seria para umas obras em Mação, por outro lado, Orlando Figueira afirmou que seria para ajudar o gravemente doente filho de Carlos Alexandre. Então em que é que ficamos? Alguma estratégia de descredibilização do juiz por parte de Orlando Figueira? Com a experiência de campo que tenho ainda do tempo da guerra fria, nada disto faz sentido. É ridículo, é descredibilizante.


Não nos esqueçamos que foi Carlos Alexandre que afirmou que “não tem amigos, nem contas bancárias em nome de amigos”, ainda que estas declarações na Sic em 2016 lhe tenham valido um processo disciplinar por parte do Conselho Superior da Magistratura, e que mais tarde seria arquivado. Ainda há relativamente pouco tempo, Carlos Alexandre foi alvo de um novo inquérito disciplinar, porque afirmou na antena da RTP, que os sorteios informáticos de distribuição de processos tem graus de aleatoriedade. Ora, é mais que óbvio que não há graus de aleatoriedade, ou é aleatório ou não é! Isto é certamente incómodo para o resto da classe, nomeadamente para o Conselho Superior da Magistratura. Ou seja, sempre que vem a público, é alvo de um inquérito ou processo.

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