O esbirro que do cadafalso destruiu o BES ao serviço de Carlos Costa


Há uns dias atrás, sentado ao balcão do eterno Gambrinus, encontrei um velho amigo que me alertou para o facto de haver mais um nome na “corrida” para Governador do Banco de Portugal. Luís Máximo dos Santos, de seu nome, actual vice-governador do Banco de Portugal e presidente do BES depois da resolução. Em primeiro lugar, não podemos esquecer que Elisa Ferreira e Luís Máximo dos Santos foram colocados no BdP para fazer um cerco a Carlos Costa, não resultou. O actual Governador do Banco de Portugal aguentou o embate e não abandonou o lugar, conseguindo, tal como os irredutíveis gauleses das histórias de Uderzo, “gaulizar” o seu colega de administração Máximo dos Santos, que acabaria por lhe tomar as dores.

O grande problema que se coloca agora é, que o mesmo homem que esteve na liquidação do BES, vem agora a púbico afirmar que: “a venda do NB que o Banco de Portugal, enquanto autoridade de resolução, teve ocasião de fazer, constituiu um marco importantíssimo para a evolução positiva do sistema financeiro português.”(…) “Se isso não tivesse acontecido, essas subidas de rating e o olhar bastante mais positivo para o conjunto do nosso sistema financeiro, certamente não se verificaria, porque teríamos um elefante na sala sem solução.” Agora, o que Máximo dos Santos se esqueceu de dizer é que o BES era o maior financiador das PME e grandes empresas, era o banco mais internacional português, representado em 25 países e em 4 continentes e, de longe o banco que mais apoiava o sub-segmento das PME exportadoras. Este segmento em geral, representa cerca de 90% da população activa portuguesa. 

O elefante na sala era assim o principal “motor” da economia portuguesa. E com este discurso típico das democracias sul-americanas, estas  figuras “iluminadas” fizeram desaparecer cerca de 25 mil milhões de euros do nosso sistema financeiro. 

O resultado é não termos bancos portugueses a operar com a excepção da Caixa. Correm inclusivamente uns rumores de uma possível negociação com o Santander, tendo em vista a alienação do capital do NB. Se isto acontecer, a entrada da Lonestar, foi um espectáculo de marionetas. apenas e somente isso.

Por outro lado, surge o negócio com Anchorage Capital, que comprou 9 mil imóveis ao NovoBanco, de referir que mais de metade (54%) estavam garantidos. Muito provavelmente se as vendas fossem feitas ao longo do tempo teriam conseguido um valor superior ao contrário de uma venda a “granel”. Resta saber ainda o que vai acontecer aos 70% da carteira que ainda não foi alienada.

Para quê esta pressa toda que contribui para a desvalorização do activo do antigo BES?

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