BES é uma referência para António Ramalho


António Ramalho, o banqueiro/bancário que ainda pode ir parar ao Guiness pelos prejuízos de 3 mil milhões de euros no Novo Banco em apenas 4 anos, atento ao sucesso registado, nos últimos anos, das PME exportadoras, necessita de recorrer aos últimos 12 anos para evidenciar que as exportações terão quase duplicado.

Óbvio que este discurso enquadrado no futurista WebSummit, teve um impacto brutal, mas onde a sua estratégia teve pouco ou nada  a acrescentar. Entretanto, entre mortos e feridos (realidade actual das PME), enaltece um aumento de 76% como resultado das empresas estarem mais competitivas. 

Em complemento, refere que em relação ao PIB a evolução das exportações foi de 30% em 2006 para atingir 43%  em 2017. É no mínimo curioso, nunca ter referido o BES porque, no percurso dos últimos 12 anos o Novo Banco só nasceu após Agosto de 2014. Por fim, sublinha que o Novo Banco  (N.B.) continua a ter uma quota de mercado de referência no “trade finance” de 22%.

Seria bom relembrar que, já em plena crise, entre 2009 e 2013 o crescimento das exportações foi de 50% para o qual o BES teve um papel absolutamente decisivo. Em 2013, pelo sétimo ano consecutivo, o Grupo BES foi nomeado pela Revista Global Finance o melhor banco em Portugal na área do “Trade Finance” (financiamento do Comércio Externo).

Em 2009, as exportações representavam 27% do PIB, em 2011 34,3%, em 2013 – 39,5%, em 2014 – 40%, em 2015 – 40,3%, e agora em 2017 – 43%. Porém, a fase de maior crescimento deu-se em plena crise entre 2009 e 2014 com uma enorme contribuição do BES, por não existir ainda o N.B.

Durante 2013, um ano antes do BES ter sido aniquilado pelo BdP, os gestores do negócio internacional, apoiaram 770 PME nas mais diversas fases de internacionalização. A título de exemplo: na quota de mercado das linhas PROTOCOLADAS PME CRESCIMENTO 2013 EXPORTADORAS, o BES liderava com 37,4%. A quota de mercado do BES no financiamento do comércio externo era superior a 30%.

Seria mais elegante o Dr. António Ramalho ter maior contenção na exibição que faz à custa da excepcional performance do BES e o papel fundamental que desempenhou na internacionalização do tecido empresarial português.

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