D. Sebastião ou Amílcar Morais Pires?


Foi lançado no passado dia 4 de dezembro o livro A mentira, cujo autor foi João Gabriel, ex-assessor de imprensa de Jorge Sampaio e ex-assessor de Amílcar Morais Pires. Obviamente que este livro reflete única e exclusivamente a visão do ex-CFO do BES ainda que explique bem o que se passou nos bastidores da Resolução do BES. Agora, esta figura messiânica, facilmente encaixável em qualquer texto de Homero, nunca existiu dentro do BES. 

João Gabriel e Amílcar Morais Pires querem convencer o comum dos leitores que foi traído pelos "patrões", como caracteriza no livro a família Espírito Santo. Os mesmo patrões que durante 28 anos apostaram nele, desde que começou no departamento financeiro de Mercados e Estudos do banco até chegar à comissão executiva do BES.

Acusa de Ricardo Salgado de traição, por não fazer frente a Carlos Costa quando este demonstrou desconforto com o nome de Morais Pires para Presidente da Comissão executiva do BES. O livro no fundo é uma retake da história de D.Sebastião, tendo como pano de fundo a batalha de Alcácer Quibir, enquanto Resolução e, Morais Pires o traído, enquanto D.Sebastião e desaparecido em combate... 

Mais uma vez refiro, o livro carateriza muito bem os bastidores da resolução ao Banco Espirito Santo e identifica claramente o verdadeiro responsável pela hecatombe do BES, Carlos Costa, actual Governador do Banco de Portugal. Desde a nega ao aumento de capital do BESA à constituição de Provisões ilegais que levaram o BES ao descalabro.  

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