Novo Banco "aposta" em Ricciardi para alienar ativos



Algumas informações recentes indicam que Ricciardi, através da sua “Boutique”, conseguiu convencer António Ramalho que seria uma excelente solução na estratégia de alienação de ativos considerados problemáticos. Isto porque, segundo o ex-presidente do BESI, ninguém melhor que ele conhece a realidade desses ativos. Pois, o homem que estava no conselho de administração do banco, que tinha o pelouro do Risco Global até 2012 e que ainda era administrador da ESI, não viu a sua idoneidade colocada em causa pelo BdP. Mais uma situação que caracteriza o Triângulo das Bermudas, Versão Carlos Costa. Ridículo, no mínimo. Não nos esqueçamos que em maio de 2015, o Banco de Portugal envolveu José Maria Ricciardi no papel comercial. 

Na edição da revista “Sábado” de 06 de dezembro, fica claro as ligações de Ricciardi ao poder e pressão por ele exercida na concretização de determinados negócios. O homem que pretendia ser presidente do BES, tem uma capacidade única de camuflagem e de passar entre os pingos da chuva. Simplesmente, não se percebe. É surrealista.
De referir ainda que mais ninguém no mercado da alta finança “passou cartão” a José Maria Ricciardi, nem mesmo Bruno de Carvalho, num dos seus poucos momentos de lucidez, entregou a emissão Obrigacionista do Sporting/2018. Onde estava prevista uma comissão de 0,25% a favor da recentemente criada Boutique financeira, Optimal Investments.
Não voltou ao BES/NovoBanco como presidente, voltou como um gestor de massa falida ou varredor de produtos tóxicos. O argumento desta telenovela pode mesmo vir a ser adaptado para o cinema pela mão do nosso reconhecido produtor Paulo Branco, porque só mesmo em Portugal ou no mundo do cinema isto acontece.

Como já referi aqui, o Novo Banco foi alvo uma depreciação incrível. Esta queda brutal do preço de venda justifica-se facilmente com a saída constante de clientes desde a Resolução. Em 2014, a BES Vida tinha 8 mil milhões de euros sob gestão, hoje representam menos de metade. E é apenas isto e somente isto que está arrastar o appraisal value da companhia, que em 2012 era de cerca de 700 milhões de euros. Em seis anos a empresa desvalorizou em mais de 500 milhões de euros o seu appraisal value.


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