Carlos Costa mentiu escandalosamente na SIC



O actual Governador do Banco de Portugal deu uma entrevista à SIC, onde afirmou peremptoriamente, que nunca teria exigido um aumento de capital ao BES. É completamente falso. Para esse efeito, tive acesso a uma carta do Banco de Portugal datada de 26 de Março de 2014, tendo como destinatário, o Conselho de Administração do BES, onde o BdP exige um aumento de capital de pelo menos de 750 milhões de euros. Ora, o Senhor Governador, afirmou naquela entrevista, que nunca teria exigido uma aumento de capital. Mais uma vez, mentiu. Parece também, que Gomes Ferreira se esqueceu de perguntar pelos 600 milhões em créditos a 17 sociedades offshore com sede nas Ilhas Caimão, autorizados por Carlos Costa. Ou ainda, pelo desaire do banco da Caixa em Espanha, onde Carlos Costa afirmava que iria gerar valor de 350 milhões de euros para 275 milhões de euros de investimento. 

Não podemos esquecer que só em 2011, o Banco Caixa Geral transferiu para a sucursal mais de 500 milhões de euros em créditos considerados de muito risco. De referir, que a estratégia delineada pelo actual Governador do Banco de Portugal produziu, nada mais nada menos, do que 800 milhões em perdas! Ou ainda a questão dos lesados do Banco de Portugal. Não consigo entender como esta figura chega a Governador do Banco de Portugal. 

Mais importante ainda, se o relatório da auditoria à CGD apareceu, porque é que o relatório da Boston Consulting Group não é divulgado? Este sim, poderia de alguma forma explicar as decisões precipitadas e altamente nocivas por parte de Carlos Costa. Mas não, aqueles 3 minutos e 12 segundos dedicados ao caso BES, apenas serviram para Carlos Costa mentir descaradamente. É do interesse público que este relatório que foi encomendado pelo próprio supervisor seja divulgado. É fundamental fazer uma avaliação integrada da atuação de todos os responsáveis e intervenientes no processo da queda do BES e da consequente resolução.

Ainda na entrevista, relativamente à aquisição do Monte a Armando vara, o atual Governador do Banco de Portugal afirmou, sem qualquer pudor que fez uso pessoal de informação privilegiada, enquanto administrador da CGD e dos serviços internos do banco, para a compra de um imóvel a título pessoal. É surreal! 


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