Lone Star aposta na maximização das provisões


Esta semana tive acesso a uma informação que me deixou, mais uma vez, extremamente preocupado. Então, parece que as três palavras de ordem dentro do Novo Banco são: provisionar, provisionar e provisionar.

Ao que parece, o Lone Star deu instruções para maximizar o provisionamento, de forma a utilizar o maior valor possível da Garantia contratada com o Fundo de Resolução. Em termos teóricos, a recuperação futura de créditos já provisionados, reverterá para o Fundo de Resolução, contudo, o dinheiro, entretanto, já está do lado do Banco. Assim sendo, e uma vez que a responsabilidade da recuperação de crédito está do lado do Fundo de Resolução, o Novo Banco pouco ou nada fará para recuperar o capital.

A maior parte da estratégia de recuperação, assentaria no esforço de apoio ao “turnaround” de empresas consideradas viáveis, mas com algumas dificuldades de tesouraria. Todavia, o que ficou claro, é que o Lone Star, beneficiário da garantia do Fundo Resolução, não está interessado em disponibilizar novos apoios, a menos que sejam obrigados pela tutela.

O resultado desta estratégia é o agravamento da situação das empresas que sempre contaram com o apoio do banco, o aumento das imparidades e mais entradas de capital por parte do Fundo de Resolução.

Segundo o que me foi dito, A Lone Star tem representantes nos conselhos de crédito e comités de risco, mais, substituiu toda a equipa dirigente do departamento imobiliário por colaboradores diretos. Mais preocupante, é alienação de património imobiliário de segunda linha com descontos de 30% face à última avaliação.

Conclusão: Objetivo para 2018, será continuar a apresentar prejuízos!

Alguns dos casos alvo de provisionamento:

- Moniz da Maia (Bernardo Moniz da Maia/família)
- Joe Berardo
- Luís Filipe Vieira (Hotel no Brasil)
- Alves Ribeiro
- Grupo Mendes Duarte
- Sporting Clube de Portugal
- MSF
- Elevo

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