A liquidação da banca nacional arruinou as PME





Meus caros, mais uma vez tenho que voltar ao tema Carlos “penteadinho” Costa. Então o Senhor Governador do Banco de Portugal, afirmou várias vezes por aí, em praça pública, que o principal problema para o sector bancário mundial são os bancos “too big to fail”? E que esta banca é um risco real para as economias e consequentemente para as empresas? Pois… O que o Governador não disse é que quando assinou as resoluções já sabia, que mais tarde ou mais cedo, haveria um “take over” à banca nacional por parte dos espanhóis e que ele próprio ajudou na criação de alguns. E vamos ver o que acontece ao Novo Banco… 

Enquanto o Governador do BdP, de mãos dadas com a ministra das Finanças, virava costas aos bancos portugueses, o executivo espanhol viu uma óptima oportunidade de negócio para os seus bancos e decidiram avançar por Portugal, tal como em 1580 o Duque de Alba chegou a Setúbal sem qualquer tipo de oposição. Neste nosso caso mais actual até foi mais fácil, uma vez que tiveram a ajuda do Governo e do Governador do Banco de Portugal.

Mas mais grave ainda, é que em quatro anos houve uma degradação brutal das condições económico-financeiras das PME, isto porque a banca, seguindo directrizes do BdP, abrandou a concessão de crédito, estrangulando por completo as empresas que dependiam diretamente do apoio à tesouraria para sobreviver. Com a resolução ao BES, também se “resolveu” a maior carteira de PME sob gestão em Portugal, deixando milhares de empresas em insolvência.

Assim, parece evidente que o melhor caminho não é entregar o outro das nossas empresas à banca estrangeira. Até porque, os bancos internacionais são mais propensos a usarem outras ferramentas de financiamento para as pequenas e médias empresas, tais como o leasing, factoring, ou seja, operações que não apresentem risco evidente. Ora, no sector das PME, a principal ferramenta de crédito é o apoio à tesouraria. 

Relativamente ao Risco, segundo números que tive acesso, cerca de 50% das PME encerram a actividade nos primeiros sete anos  - números de 2017, ainda assim, constituem um importante contributo para a estabilidade do volátil sistema de emprego português e uma consistente fonte de receita fiscal.


É importante ainda referir que, em 2015, um ano após a resolução ao BES pelo BdP, 2,8 milhões de portugueses estavam empregados no sub-sector das PME, não sendo assim compreensível esta estratégia de garrote ao sector, até porque são uma importante fonte de receita para a banca, agora tem risco agregado. 

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