Lesados viram-se contra Carlos Costa e NovoBanco


Segundo foi possível apurar, as pessoas lesadas pela resolução ao BES, exigem agora ao governador do Banco de Portugal e à administração do NovoBanco, uma justificação sobre o que se passou com as provisões existentes no BES. Não nos esqueçamos, que foi o Banco de Portugal que forçou a constituição de 2 mil milhões de provisões, que não estavam de acordo com o regime do IAS 37, quebrando assim, os rácios de solvências para um nível abaixo do requerido pelo BCE. Para muitos, foi isto que “destruiu o nível de capitalização do BES abaixo dos níveis de solvência e que deu o argumento ao Banco de Portugal para haver um corte nos apoios de liquidez do BCE ao BES. 

Resumindo, enquanto foi BES o regulador achou que estas provisões eram determinantes e que teriam que ser feitas obrigatoriamente. Assim que o BES foi resolvido, Carlos Costa considerou que as provisões já não eram seriam necessárias. Isto é praticamente um enredo à Bollywood.

Ainda que a maior parte dos lesados já tenham chegado a acordo, há ainda uma pequena “franja” de resistentes, que exige a Carlos Costa e Vitor Ramalho 100% do capital investido, acrescido de juros. Mas até agora, sem ser a promessa do Presidente do PS, Carlos César que tudo vai ser pago, nada aconteceu.


Por isso, a insistência de todos no acesso ao relatório da Boston Consulting Group, que vai de uma vez por todas, desmascarar toda estratégia que foi utilizada pelo Governador para acabar com o Banco Espirito Santo. Desde a exigência de um aumento de capital em 48 horas depois de rejeitado, pelo menos duas hipóteses de recapitalização, uma a 11 de julho e outra a 16 de julho de 2014, até ao facto de ter mentido aos portugueses sobre o modelo de Resolução que foi aplicado ao BES. Carlos Costa referiu sempre que este modelo era de facto o menos oneroso para o Estado português e já lá vão 7 mil milhões de euros.

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